Na manhã seguinte, ao nascer do sol, Abiatar, diante de todo o exército de Davi, consagrou Urias a Jeová, o Senhor dos Exércitos. Os soldados e suas famílias postaram-se de frente uns para os outros, formando um longo corredor. No altar improvisado estavam Eliã e o sacerdote. Davi estava no meio do povo. Zoar, Lidna e Alcadin, assim chamado pela última vez em sua vida, cruzaram todo o caminho. Pararam diante do altar, com Alcadin à frente. Abiatar pediu que Eliã conduzisse o menino, à vista de todos. Logo atrás de Lidna estava Terá, com sua esposa e filho. Atrás de Zoar estavam Aitofel e a família de Eliã. Entre suas filhas, uma linda menina, de cinco anos de idade, parecia muito impressionada com tudo o que via. Ela arregalava os grandes olhos castanhos, parcialmente cobertos por uma franja de seus longos cabelos. Seu nome era Bate-Seba. Para Urias, estava evidente que a proximidade que a vida nas tendas, e mesmo em Ziclague, e as constantes campanhas militares permitiam, certamente não existiria mais quando passassem a habitar em uma cidade maior, cada um em sua casa. E, se essa distância seria grande em relação aos outros soldados e outros membros do grupo, muito mais o seria em relação a Davi, que, certamente, viveria numa casa real, cercado de empregados. HENRIQUE M. ZILLER é casado com Renata e pai das gêmeas Júlia e Isabela. Graduado em Comunicação Social e mestre em Administração Pública, é Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, e exerceu a função de Controlador-Geral do Distrito Federal entre 2015 e 2018. É membro da Igreja Metodista do Brasil.